terça-feira, 1 de maio de 2007

Carta de um pai pra um filho...

CARTA DE UM PAI AO FILHO

Amado Filho,
O dia em que este velho já não for o mesmo, tenha paciência e me compreenda.
Quando eu derramar comida sobre minha camisa e esquecer como amarrar meus sapatos, tenha paciência comigo e se lembre das horas que passei te ensinando a fazer as mesmas coisas.
Se quando conversa comigo, repito e repito as mesmas palavras e sabes de sobra como termina, não me interrompas e me escute. Quando era pequeno, para que dormisse, tive que contar-lhe milhares de vezes a mesma estória até que fechasse os olhinhos.
Quando estivermos reunidos e, sem querer, fizer minhas necessidades, não fique com vergonha e compreenda que não tenho a culpo disto, pois já não as posso controlar. Pensa quantas vezes quando menino te ajudei e estive pacientemente a seu lado esperando que terminasse o que estava fazendo.
Não me reproves porque não queira tomar banho; não me chames a atenção por isto. Lembre-se dos momentos que te persegui e os mil pretextos que tive que inventar para tornar mais agradável o seu banho.
Quando me vejas inútil e ignorante na frente de todas as coisas tecnológicas que já não poderei entender, te suplico que me dê todo o tempo que seja necessário para não me machucar com o seu sorriso sarcástico. Lembre-se que fui eu quem te ensinou tantas coisas.Comer, se vestir e como enfrentar a vida tão bem com o faz, são produto de meu esforço e perseverança.
Quando em algum momento, enquanto conversamos, eu chegue a me esquecer do que estávamos falando, me dê todo o tempo que seja necessário até que eu me lembre, e se não posso fazê-lo não fique impaciente; talvez não fosse importante o que falava e a única coisa que queria era estar contigo e que me escutasse nesse momento.
Se alguma vez já não quero comer, não insistas. Sei quando posso e quando não devo.
Também compreenda que, com o tempo, já não tenho dentes para morder, nem gosto para sentir.
Quando minhas pernas falharem por estarem cansadas para andar, dá-me sua mão terna para me apoiar, como eu o fiz quando começou a caminhar com suas fracas perninhas.
Por último, quando algum dia me ouvir dizer que já não quero viver e só quero morrer, não te enfades. Algum dia entenderás que isto não tem a ver com seu carinho ou o quanto te amei.
Trate de compreender que já não vivo, senão que sobrevivo, e isto não é viver.
Sempre quis o melhor para você e preparei os caminhos que deve percorrer.
Então pense que com este passo que me adianto a dar, estarei construindo para você outra rota em outro tempo, porém sempre contigo.
Não se sinta triste, enojado ou impotente por me ver assim. Dá-me seu coração, compreenda-me e me apóie como o fiz quando começaste a viver.
Da mesma maneira que te acompanhei em seu caminho, te peço que me acompanhe para terminar o meu.Dê-me amor e paciência, que te devolverei gratidão e sorrisos com o imenso amor que tenho por você.
Atenciosamente,
Teu Velho.


Autor Desconhecido.





Não sei a quem dar os créditos, mas esse texto me fez enxergar coisas que talvez não me fossem importantes antes...

Acredito que cada um possa tirar uma lição de moral disso tudo!

E mesmo sem você saber em que pensar após a leitura, sugiro que ao menos levem em consideração que os "vovôs" e "vovós" merecem todo nosso respeito e carinho!!
Obrigada à todos que participam do meu pensamento.
Beijos e bom retorno ao trabalho, escola...

3 comentários:

Anônimo disse...

q lindo texto, pena q nao vou ter isso com meu pai, e nao vou conseguir falar eu te amo mais pra ele, mas ele sabe q amei e sempre amarei ele...
bjus

Historiador do cotidiano disse...

Olá Carol,

Primeiramente quero agradecer a visita ao meu blog.

Li seu artigo de "fundação" deste blog. Muito interessante.

Em primeiro lugar percebe-se que você é realmente adepta da leitura, pois só escreve bem quem lê muito.

Inclusive lhe parabenizo por escrever corretamente. Um ou outro deslize aqui e ali, mas coisas simples. Meus parabéns, isso é raro hoje em dia.

Na realidade ler não é um hábito cafona, pelo contrário, somente pela leitura e reflexão que você conseguirá se destacar neste mundo onde somos bombardeados 24 horas por dia com informações - a maior parte delas sem fins úteis perceptíveis.

Quanto aos nomes dos nossos blogs... o seu reflete um aspecto mais que necessário do nosso dia a dia: a reflexão. Como falei, informação não falta, mas esse mesmo bombardeio é que nos deixa como "receptores passivos": só fazemos receber, sem analisar, então o que disserem, aceitaremos. Na realidade a sociedade brasileira encontra-se estagnada ou em estado de degradação porque a população é treinada/"educada" para apenas aceitar o que recebe pela televisão, sem questionar. Isso é errado.

O meu blog, "historiador do cotidiano", reflete minha opção na vida: o jornalismo. Nós jornalistas somos conhecidos como historiadores do cotidiano porque nós registramos, dia após dia, o que aconteceu em um passado recente. Dificilmente escrevemos livros de história que relatem períodos maiores que dois meses.

Novamente lhe parabenizo pelo uso correto do português, isso é muito raro atualmente.

No mais, tenha certeza que vou visitar mais vezes seu blog. Sugiro que você desenvolva sua retórica através de escrever seus próprios textos.

Dizem que "a grama do vizinho é sempre mais verde"... pode até ser, mas só por isso vais deixar de regar sua grama? Por mais que seus textos possam parecer não terem ficado bons, é a prática que leva à perfeição.

Se me permite duas dicas de leituras: o Observatório da Imprensa tem textos muito bons analisando o desempenho e erros da imprensa brasileira; e o RESERVAer com alguns textos interessantes sobre assuntos nacionais, estratégicos e geopolíticos. Respectivamente http://www.observatoriodaimprensa.com.br/ e http://www.reservaer.com.br/

Desde já agradeço novamente a visita, e desejo para ti uma ótima semana.

Historiador do cotidiano disse...
Este comentário foi removido pelo autor.