Prosseguindo...
Estava assistindo televisão (a maldita! Risos) , deixei em um canal aleatório e simplesmente prestei atenção no que era dito, um programa de auditório, estilo "auto ajuda" e nele haviam duas mulheres que falavam sobre sua vida sexual, uma que era totalmente agitada (tão agitada que o próprio marido não dava conta do serviço) e outra que só chegava "aos finalmentes" quando o marido insistia muito.
Ambas infelizes.
Desliguei a TV pois aquilo não me interessava (não queria saber dos problemas sexuais de fulanas) e nos demais canais não havia absolutamente nada de interessante (nem mesmo a Discovery passava algo bacana).
Ainda assim, refleti sobre aquilo.
O que leva duas mulheres beirando 35 anos a se expor daquela maneira contando relatos íntimos?!
Bom, minha criação foi perfeita, exceto pelo assunto "sexo" que era praticamente proibido e não se pronunciava tal coisa pois era visto como ofensa. Meus avós ficaram comigo a maior parte da minha infância e, minha sexualidade, foi descoberta sozinha.
Chega uma idade em que a criança começa a criar discernimento e percebe "certas" diferenças.
Quando meus avós queriam falar sobre o assunto, diziam assim "Ciclano dormiu com Ciclana"...Mesmo que tais "ciclanos" não tenham pregado os olhos por toda a noite, era assim que ambos se referiam.
Isso chega a me lembrar uma piada, cujos pais não falavam de sexo e transas perto de seu filho e criaram um código, ao invés de dizer que gostariam de transar, dizer que gostariam de "digitar uma carta"...
Certo dia, o pai chega ao filho e diz: "Diga a sua mãe que o papai quer digitar uma carta", e lá se foi o menino que voltou com a resposta: "Mamãe disse que só tem tinta vermelha na impressora!".
Dias depois a mãe diz pro filho o seguinte: "Diga ao seu pai que caso ele queira digitar a carta, já pode!", e novamente o menino-correio retorna, dessa vez com um recado do pai para a mãe: "Mãe, ele disse que já escreveu a mão mesmo...".
(Piada podre! Risos).
Mas isso é a mais pura verdade.
Falar de sexo (e fazê-lo também) é muito comum.
Tenho amigas que transaram com caras que nem sequer lembram o nome.
Muitos podem considerar essa postura vulgar, mas analisando melhor, o que importa realmente?
Viver se incubando numa sociedade tão maldosa ou ficar livre de preconceitos e liberar total?!
Novamente falo de pudor, sempre com pudor...
Não sei se acredito em próximas vidas..
Mas, caso não exista uma nova oportunidade de viver, estaremos desperdiçando nossa única chance de ser feliz e fazer tudo aquilo que "der na telha"..
Existem caminhos e cada um deve escolher o seu.
Na minha opinião, aquelas mulheres seriam mais felizes se conseguissem se libertar do preconceito.
Uma acredita que essa obsessão por sexo é anormal.
O que seria uma obsessão??
Seria muito sexo???
Mas, o que seria sexo em demasia???
Cada um se satisfaz de um jeito...E, para ela (palavras da própria) "Só me satisfaço com três vezes consecutivas!"..
Ok, o maridão não é nenhum sexy machine, pelo contrário, faz o tipo "cerveja gelada e futebol no sofá da sala".
Mas com certeza, sendo marido, tem obrigação de satisfazê-la sexualmente falando e não deixá-la se tornar uma mulher infeliz por falta de sexo
Eles devem conversar e saber o porque da falta de interesse e, resolvido o problema, retomar a vida sexual, claro, com limites pois ainda vai nascer o cara que vai transar desse jeito e ainda mais sem descanso diariamente..
Já no seguindo caso, o fato dela não gostar de sexo exprime exatamente a idéia do primeiro. Só que o oposto.
Neste caso, o marido que a procura muito deve fazer um balanço e dialogar, porque relação sem sexo é amizade.
E a mulher que não pratica sexo com o velho discurso "stress-filho-cansaço-enxaqueca" só falta enterrar! Pois aos 35 e sem prazer que o sexo proporciona, ela está morta!
Caso haja o desinteresse de alguma das partes, sugiro psicanálise e/ou rompimento da relação, porque algo está errado ou o sentimento já era.
Em todo caso, sexo revigora, ocasiona o contato, é fundamental e quase todo mundo gosta!
Quem faz sexo com prazer é mais bem humorado, divertido, de bem com a vida...
O que não podemos é permitir que toda essa maldade que a sociedade coloca nesse tema atrapalhe nossa vida íntima. Prazer é tudo de bom e seja como for, deve ser respeitado.
Existe o sexo com alimentos, leite condensado,brigadeiro, champanha, morangos são os mais procurados; sexo com fetiches no qual existe a troca de fantasias; voyeur, que são todos aqueles que sentem prazer apenas assistindo; sexo sadomasoquista que define no misto da dor e prazer...
Tem gente que curte o sexo com gente do mesmo sexo...
Nooossa! Tudo varia...
E não devemos julgar nenhum deles, cada um escolhe seu rumo e segue...
Logicamente, existem casos psicóticos como zoofilia (sexo com animais) e pedofilia (sexo com crianças), estes sim merecem cuidado especial pois se tratam de pessoas malucas e que precisam de uma boa camisa de força e descargas elétricas!
A vida é uma grande estrada e podemos escolher diversos caminhos:
Caminhos longos ou curtos.
Caminhos estreitos ou largos.
Caminhos do bem ou do mau.
Caminho prazerosos ou infelizes...
O homem acha que fazendo sacrifícios irá alcançar a felicidade e posar de herói.
Desde quando a privação do sexo deve ser sinônimo de felicidade?!
Então meus caros, quero dizer com tudo isso, que na felicidade a dois, existem dois pesos e duas medidas.
Temos que entrar em um consenso e ver se tudo aquilo que te satisfaz, satisfaz a outra parte e cada um deve ceder um pouco, para enfim, viver as mil maravilhas. Ou seja, não abrir mão dos seus gostos e ao mesmo tempo se moldarem para um encaixe perfeito.
Sexo é troca de energia, é momento, é erótico.
Não existe performance boa ou ruim, na troca de prazer, caso o desejo da relação seja verdadeiro, vai haver a troca e seu parceiro vai sentir toda a vibração do momento e se contagiar com o seu desempenho na transa.
Por isso, outro ponto importante: não fique paranóica se a academia ainda não deu os sonhados resultado e tem uma gordurinha ali, uma estria aqui e uma celulite acolá...
Pois se você tem um companheiro de verdade, isso é o que vai menos importar, preocupe-se com o SEU prazer que o DELE será consequência!
Em quatro paredes o que conta é o que você define como limite e o pudor está naquilo que você crê...O que vai tornar algo bom ou ruim é justamente sua crença...E se você está preparada para aceitar o seu sexo e aquilo que ele proporciona, o prazer será total!
E viva as pessoas de mente aberta!
OBS.: Dicas dadas por mim, caso algum de vocês consiga seguir à risca toda a minha proposta me contate, pois até hoje, nem eu mesma consegui a façanha! Risos...
Gostaria de agradecer ao Historiador do Cotidiano por ler meus textos e elogiá-los. Adoro tudo o que você diz e suas críticas são muito bem vindas, elas só me fazem crescer e retificar erros. Li seu comentário após escrever os textos e por isso ainda não falei sobre a televisão, mas prometo abordar o tema.
Então, só tenho a agradecer por você estar sendo tão legal comigo dando essas dicas fantásticas..
A propósito, o artigo é muito bom (o que você me indicou)...Sempre que puder me passar artigos assim para que eu possa me aprimorar, eu vou agradecer.
Os créditos da imagem são dele também! Risos..

No mais, espero ter agradado com o tema.
Beijos e até amanhã!
6 comentários:
Caramba! Que texto enorme! De certa forma você está certa cada um faz o que quer de sua vida. Mas acho que seus avós estavam certos em não falar de sexo perto de você, tenho irmãs pequenas e é muita falta de respeito falar de sexo na frente deles.
Esse seu espaço é Zen vergonha (no bom sentido)
Carol,
Adorei o artigo, adorei a argumentação e adorei o tamanho do texto apesar de que - acho - sou um dos únicos que gosta de textos longos.
:-)
Falar sobre sexo é complicado.
Primeiro porque é um tabu; segundo porque não recebemos educação sexual adequada pelos nossos pais.
Veja bem, sexo se faz, não se ensina. Imagine o quanto os pais ficariam constrangidos em explicar em detalhes como funciona a coisa toda.
hehehehe
Quando à questão dos códigos, já cansei de ter códigos com namoradas (hoje ex's) porque é algo que facilita e excita. A palavra "sexo" já está exaustamente desgastada com as mais variadas conotações, mas um código especial tipo "está afim de um refrigerante?" é discreto e pode ser amplamente usado em público. Ninguém saberá o significado e os parceiros automaticamente se sentirão pré-excitados só pela imaginação do ato, imaginação esta que teve como gatilho a palavra-chave.
Quanto à linguagem empregada no seu artigo, só tenho uma crítica principal: você usou o termo "perfomance". Eu sou redondamente contra o uso de expressões em línguas alienígenas ao português, então eu usaria "desempenho" no lugar. Mas isso é uma opinião pessoal minha.
;-)
Voltemos à questão do sexo... definir sexo é difícil. O que eu gosto no sexo é - muito provavelmente - diferente do que você gosta; então minha definição será completamente diferente da sua.
Não adianta querer definir verdades absolutas, elas simplesmente não existem. A relatividade é um fato tão relativo quanto ela própria.
Vou te dar um exemplo como a coisa muda de figura se você trocar uma palavra: como você faria uma manchete de uma reportagem que informa que o MST entrou em uma fazenda?
Uma pessoa de orientação política de direita escreveria "MST invade fazenda"; já uma porca de orientação política de esquerda escreveria "MST ocupa fazenda". A mera distinção entre "invade" e "ocupa" demonstra uma série de conceitos e preconceitos violentamente enraizados nos mais fundos alicerces da alma humana.
Então meça suas palavras de acordo com suas sinceras e honestas intenções, minha jovem padawan
:-)
Lembre-se dos ensinamentos dos velhos orientais: "a pena é mais rápida que a espada"; assim, as palavras - assim como flores - têm pétalas e espinhos, cabe a você decidir qual dos dois prefere.
Eu larguei a engenharia e mudei para o jornalismo para poder usar a caneta em favor da população. E você, para que deseja usar sua caneta?
...
Me perdi de novo do assunto, voltemos à questão do sexo:
A maior parte dos casais quando está brigada não sente ânimo para transar. É até comum você brigar, brigar e brigar, e ficar sem ânimo até para beijar.
Já a filosofia libertina prega o contrário: o uso do corpo alheio na mesma proporção que outrém usa seu corpo. O libertino tenta superar a dor e o prazer pela exaustão dos dois e assim ser desapegado das coisas; mas acontece o contrário: o uso do corpo alheio e o uso do seu corpo por outrém - ao invés das intenções originais - gera a aproximação.
O sexo então não é usado como ferramenta de aumentar o prazer quando o casal está bem; e sim uma ferramenta para fazer o casal ficar bem, independente de como esteja.
(adoro filosofia)
Então quando alguém chegar para você, ao invés de mandar para um psicoterapeuta, mande-o(a) para um filósofo clínico. Se isso não resolver, mande ele arrumar uma namorada.
:-)
Ah... quanto às respostas das suas perguntas... a filosofia as detém.
;-)
Beijos, e uma excelente quinta-feira.
Quer ver seu mundo virar de ponta-cabeça?
Estude semiótica e filosofia.
:)
Oi moça!
Adorei esse texto, muito bom mesmo! Super interessantes as colocações, sem trocadilhos, rs.
Valeu pelos comments lá no JAB! Bem, de vem em qdo ele fica assim meio apagadeeenho, mas ele volta. Não deixa de passar por lá sempre!
Beijos.
E o rosa aqui ficou muito show! Preto e rosa, maravilhosa combinação.
:)
Beijos!
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